A clonagem não é um tema novo na ficção. Na televisão brasileira, a novela O Clone já levantou uma boa discussão sobre experimentos científicos envolvendo manipulação do genoma humano (DNA).

O grande trunfo de Orphan Black é atualizar o assunto com ares de trama policial, o que dá agilidade aos episódios. As histórias são envolventes, contendo boa mescla entre drama, mistério e humor .

Na primeira temporada, somos apresentados ao Instituto Dyad. É uma empresa de biotecnologia que monitora Sarah Maning e suas "irmãs". Aos poucos descobrimos que ética e moral não são sinônimos para eles.

Além do instituto, há os neolucionistas. É uma corrente científica que prega a evolução dirigida com base na obra de Charles Darwin. Creem que avanços científicos melhoram a condição humana, enaltecendo mutações e recombinações genéticas.

De outro lado, temos os Prolethians. Trata-se de um grupo de fanáticos religiosos que veem os seres criados a partir de práticas em laboratório como aberrações, contrários à vontade divina.

A atriz Tatiana Maslany interpreta várias personagens na série, tornando-se um bom exemplo do poderio feminino em séries de ação na recente Era de Ouro da TV. Na 3ª temporada, ela divide a habilidade com Ari Millen, dono dos "rostos" do projeto Castor.

Enfim, Orphan Black é uma boa reflexão em tempos do uso de células-tronco embrionárias para salvar vidas. Traz várias questões, filosóficas, éticas, religiosas, políticas e científicas, sobre a carga social da clonagem.

Curiosidade: Leda e Castor são figuras da mitologia grega e romana. Segundo a lenda, Leda era mãe dos gêmeos Castor e Pollux. Castor era filho do mortal Tyndareus e Pollux do divino Zeus que a seduziu na forma de um cisne.