Veep mostra o dia a dia do gabinete da vice-presidente dos Estados Unidos, Selina Meyer. Carismática e dona de um ego gigantesco, Selina é rodeada de assessores que demonstram como moral, ética e profissionalismo nem sempre caminham juntos no ambiente político.

A principal ambição de Selina é atravessar a ala oeste da Casa Branca e se sentar na cadeira do presidente. Isso ilustra muito bem as ambiguidades do poder político. Ao longo da trama, a personagem se envolve em vários mal-entendidos com a imprensa e a população. 

Em certo momento, a ex-senadora consegue o que almeja. O problema é que as negociações nem sempre saem como esperado. Não faltam conflitos ideológicos e de interesses: lobistas incorrigíveis, escândalos de corrupção, vazamento de dados e outras situações embaraçosas.

Tudo é harmonicamente executado com um humor bem ácido, um toque de bullying com a equipe de trabalho do escritório presidencial - e de campanha - e ótimos momentos de comédia física protagonizados pelos premiados Julia Louis-Dreyfus (Selina) e Tony Hale, que dá vida a Gary (fiel assessor pessoal da vice).

A postura política de Selina exerce forte influência nas relações profissionais e pessoais dela, especialmente ao vermos Catherine reclamando da falta de afeto e de presença da mãe em sua vida. Além disso, não é raro vermos situações de pura politicagem na série.

Veep é filmada no estilo que emula improviso e reflete perfeitamente os bastidores de Washington DC, nos EUA, seja na política interna ou na externa. Reverbera a posição atual de Joe Biden no governo de Barack Obama. E ainda ganha posição distinta perante a possível candidatura da senadora Hillary Clinton à presidência daquele país pelo Partido Democrata.