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Maratonas imperdíveis - Volume 2: dramas históricos

  • Priscila Carvalho
  • 14 de nov. de 2015
  • 6 min de leitura

O universo da TV é amplo. Há séries para todos os gostos, algumas mais leves outras mais pesadas. Pensando nisso, reunimos nesta sessão intulada "Maratonas Imperdíveis", exemplares que retomam fatos históricos ou pontuam comportamentos atuais da humanidade. Nosso propósito é oferecer maiores possilidades de encontrar na ficção a ajuda necessária para compreender as dinâmicas da sociedade em todos os tempos. A segunda edição é dedicada às séries que retratam importantes fatos históricos.


ROMA +18


Imagem: divulgação/HBO

Superprodução que reúne Estados Unidos, Reino Unido e Itália, Roma (2005-2007) é a série mais cara da história custando acima de 100 mil dólares por temporada. Desenvolvida pelas emissoras HBO, BBC e RAI, mostra a turbulenta transformação da república romana no Império Romano recriada com excelência cinematográfica. A série parte do ponto de vista de Júlio César, militar e governante de 48 a.C a 44 a.C, detentor de conquistas militares oriundas de guerras territoriais e civis. Em pouco tempo passamos a entrar em contato com os politicamente ingênuos legionários Lúcio Voreno e Tito Pulo, de personalidades opostas e marcantes. E entre outros aliados, sucessores e adversários - estimados ou traidores -, inevitavelmente somos introduzidos aos icônicos Cleópatra e Marco Antônio. Expressivas fontes históricas foram consultadas para que se chegasse a um recorte ideal sobre os eventos que anteveram a formação do Império Romano: da Conquista de Gália a aclamação de Otávio Augusto como primeiro imperador em 27 a.C. Roma é um atestado de como corrupção e excessos podem ruir nobres princípios e dar margem à busca violenta por poder e glória.


Onde ver? Rede Bandeirantes. Geralmente está na programação da HBO e do HBO Go. DVD.



DOWNTON ABBEY +12


Imagem: divulgação/ITV

A história se passa no maior condado histórico da Inglaterra, Yorkshire. Nela, acompanhamos a atribulada vida dos aristocratas da família Crawley e seus serventes. Eles vivemna luxuosa casa de campo Downton Abbey a partir do final da primeira década do século XX. A mansão dos nobres é alvo de uma complexa hierarquia que dominou boa parte da sociedade britânica, com criados, lacaios, governantas e mordomos. A série narra episódio reais, como o naufrágio do Titanic e a I Guerra Mundial. Criada por Julian Fellowes, Downton Abbey é sucesso no mundo todo expondo esnobismo e maquinações de um sistema de classes em decadência. Entrou para o Guinness Book em 2011,como o programa de TV em língua inglesa mais aclamado pela crítica. Onde ver? Netflix (até a 4ª temporada). MAD MEN (Inventando Verdades) +16


Imagem: divulgação/AMC

Uma das séries mais marcantes da recente "Era de Ouro" da TV mundial, Mad Men aborda o mundo competitivo nos glamurosos escritórios de publicidade da Madison Avenue,na Nova Iorque de 1960. O charmoso, criativo e misterioso Don Draper é quem nos guia pela agência Sterling Cooper, repleta de conflituosos mestres na "arte de vender". De 2007 a 2015, tempo em que a série foi ao ar, os episódios tocaram em temas provocativos, como sexo casual, avanço do consumismo, abuso de bebidas alcoólicas, uso do cigarro, questões raciais, movimento hippie e outras mudanças comportamentais ligadas à contracultura. É um roteiro rico que ajuda a entender a sociedade daquele período. Onde ver? Netflix, TV Cultura e Net Now.

MASTERS OF SEX +18


Imagem: divulgação/Showtime

É baseada na livro homônimo escrito por Thomas Maier. A biografia retrata a rotina dos pioneiros do estudo da sexualidade humana: William Masters e Virginia Johnson. Na década de 1950, o ginecologista Bill iniciou pesquisas em uma casa de prostituição. Como isso se prova inviável, leva as pesquisas ao laboratório da Universidade de Washington (Missouri, EUA). Em 1957, ele contrata Gini como assistente para continuar as observações dos voluntários. A série também discute aspectos sociais latentes no período, como a emancipação da mulher, a luta pelos direitos civis dos negros e o conservadorismo científico. A quebra de tabus pré-revolução sexual de 1970 é um dos grandes legados da parceria Masters-Johnson. Após 11 anos de estudo, eles publicaram o primeiro livro e o impacto do trabalho alterou as relações familiares da dupla. Casaram-se em 1969 e divorciarem-se décadas depois, sem que isso impedisse a conclusão de suas pesquisas. Histórias de amigos, parentes, filhos e colegas de trabalho do casal sofreram alterações e não são retratadas com fidelidade na TV. Onde ver? Em pausa. Em 2016, volta a grade da HBO Go e do Net Now (4ª temporada). NARCOS +16


Imagem: divulgação/Netflix

Acompanhamos a ascensão e a queda do narcotraficante Pablo Escobar e o Cartel de Medelín na Colômbia da década de 80 pela visão do agente do departamento de narcóticos norte-americano Steve Murphy. Narcos é levemente inspirada em fatos reais e sucede Pablo - O Senhor do Tráfico, série de grande sucesso de 2012. Além disso, é estrelada pelo carismático brasileiro Wagner Moura, ator muito conhecido pela versatilidade e por dar vida ao Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elito. Por estas e outra razões, a produção recebeu inúmeras críticas que a acusam de humanizar demais o protagonisas. Tais controvérsias não interferem no teor violento que assume. Expõe que a sede por dinheiro e poder é capaz de trazer o que há de pior no ser humano. Escobar ostenta uma figura carismática entre a população por ser de origem pobre. Mas ele só cresce mesmo no tráfico de drogas ao forjar uma teia de manipulação entre os meios de comunicação, militares e a força política colombiana amparada pelos atos crueis que cometia. Não é a toa que recebeu apelidos como El Patrón, El Capo ou Don Pablo. Onde ver? Netflix. THE AMERICANS +16


Imagem: divulgação/FX

O drama de época é exibido originalmente pelo canal a cabo FX nos Estados Unidos. É sobre o complexo casamento de dois agentes da KGB se passando por americanos no subúrbio de Washington, capital dos Estados Unidos, imediatamente após Ronald Reagan ser eleito presidente (mandato de 1981 a 1989). Philip e Elizabeth Jennings vivem o "sonho americano". Vivem com Paige e Henry, adolescentes que aparentemente desconhecem a verdadeira identidade dos pais. O genuíno casal perfeito e apaixonado é testado com a escalada da Guerra Fria. Por meio de intrincados relacionamentos íntimos, perigosos e levemente engraçados, o casal soviético mantém uma rede de espiões e informantes sobre seu controle, inclusive manobrando a vida de agentes do FBI para não serem descobertos. Porém o desfarce sofre a ameaça de alguém mais próximo: a filha Peige. É uma série de espionagem que cresce na discrição e tem um enredo que pode ser encarado com certa dose de ceticismo e realidade. Onde ver? Netflix e Net Now. THE BORGIAS +16


Imagem: divulgação/Showtime

Esta série também destaca-se pelo alto orçamento: 5 milhões de dólares por episódio. A quem diga que isso deve-se ao elenco internacional, gravações na Hungria, gastos com direção de arte para melhor reconstituição de época e até mesmo o salário do astro principal, o ator Jeremy Irons. Fruto de uma produção canadense-húngura-irlandesa, cumpre seu papel de retratar a vida da infame família Bórgia ao longo de três temporadas e 29 episódios. Era um clã italo-hispânico liderado pelo calculista patriarca Rodrigo Lanzol Bórgia, sua sedutora filha Lucrécia e seus filhos César e Giovanni. Rodrigo não deixa ninguém intimidá-lo na procura incessante por riqueza e poder. Carismático, cruel e desafiadoramente decadente, ele tinha como principais armas ameaças e assassinatos em sua ascensão escandalosa ao papado durante a renascença italiana. Além de Rodrigo (Papa Alexandre VI), os Bórgias conseguiram empossar Alfons (Papa Calisto III) e Giovanni (Papa Inocêncio X). Um retrato o mais fiel possível dos relatos históricos de adultério, simonia, roubo, estupro, corrupção, incesto e assassinato que rondam a biografia dos Bórgias.

Onde ver? Netflix. THE HOUR (A HORA) +14


Imagem: divulgação/BBC

Drama inglês que narra os bastidores de um fictício programa de notícias da British Broadcasting Corporation (BBC), no final de 1956. A equipe de repórteres do telejornal-título procura novas abordagens no período em que eclode a Revolução Húngara e a Guerra de Suez (conflito pelo controle do Canal de Suez, que colocou Israel, França, Inglaterra contra o Egito). A série se pauta em notícias, investigações jornalísticas e assuntos políticos reais, ao mesmo tempo em que segue por uma trama conspiratória. Apesar de formuláica, The Hour possui uma trilha sonora fiel à época, direção de arte inspiradora (com prevalência de cores frias e tom melancólico) que despertam um misto de tensão e curiosidade do público pela ambientação totalmente imersa na Guerra Fria. Boa pedida para aulas de história e geografia. Onde ver? Netflix e Globosat HD.


 
 
 

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